"PARA QUE VEJAM AS VOSSAS BOAS OBRAS E GLORIFIQUEM A VOSSO PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS"
(Mateus 5.16)

segunda-feira

Lucas 24.45-49
A BENÇÃO DO PODER ESPIRITUAL
Pr Edson Raposo Belchior
Introdução
1. Há bastante tempo, eu comecei a perceber o quanto a maioria das pessoas deseja ter poder, principalmente para modificar situações, alterar decisões e controlar pessoas
1.1. Esse desejo é tão grande que vários escritores tem publicado livros cujos títulos objetivam exatamente atender essa demanda: O Poder Mágico da mente, O Poder do Pensamento Positivo, O Segundo Círculo do Poder, Descubra e Utilize seu Poder Interior, O Poder do Subconsciente, Além do Poder dos Pêndulos, o Poder dos Cristais. Jamais as editoras colocariam tantos livros com esses títulos à venda se as pessoas não quisessem ter poder.
1.2. Esse desejo pode ser constatado em várias áreas da vida, quando pessoas buscam ter o poder político, o poder econômico, o poder militar, o poder da família, o poder das idéias, o poder da comunicação, o poder da influência e até mesmo o poder do mal.
1.3. Alguns desejam tanto que chegam a ficar doentes. Um famoso psiquiatra descobriu o que ele chamou de “neurose de poder” ao tratar determinados sintomas de seus pacientes, decorrentes da insatisfação e dos conflitos interiores e sociais.
2. Se você admite que deseja ter poder e admite que variados tipos de poder tem gerado mais prejuízos do que benefícios, então eu recomendo lançar mão da benção do Poder Espiritual.
Desenvolvimento
1. Esse poder espiritual é uma benção porque é dado por Jesus Cristo, conforme promessa que ele fez e aqui está registrada.
1.1. Primeiro ele deu a seus doze apóstolos (Marcos 3.13-15)-
1.2. Depois ele estendeu aos 70 discípulos (Lucas 10.17-19).
1.3. Agora ele concede através do ES a todos nós (ICor 12.6,7)
2. Esse poder espiritual é uma benção por causa dos seus objetivos para a vida humana.
2.1. É claro que com esse poder você pode ver sua vida sendo transformada, seus sonhos sendo realizados, suas adversidades sendo superadas, suas lutas sendo vencidas, seus problemas sendo resolvidos. Você às vezes não fica triste por causa de suas atitudes, pensamentos e sentimentos, os quais você não gostaria que existissem em seu coração? Você às vezes não fica frustrado porque seus desejos não são realizados? Você às vezes não fica agressivo por causa de decepções com coisas que acontecem em sua vida? Então, através desse poder espiritual você também poderá experimentar consolação e conforto, alivio e descanso, paz e alegria, confiança e esperança, amor e compaixão.
2.2. Todavia, quero que você preste atenção, muita atenção: o poder espiritual que Jesus lhe dá é para que você possa ajudar outras pessoas, fortalecer outras pessoas desanimados, alertar outras pessoas dos perigos, confortar outras pessoas que estejam em tribulações, libertar outras pessoas que estejam pessoas oprimidas, orientar outras pessoas que estejam perdidas, orar por outras pessoas para que tenham saúde, levar a outras pessoas o perdão, garantir a outras pessoas a vida eterna (Lucas 9.6).
3. Esse poder espiritual é uma benção, pois é possível experimentá-lo a partir de hoje.
3.1. Jesus disse: “Ficai... até que do alto sejais revestidos de poder. Na outra vez disse: “Recebereis o poder do Espírito Santo que há de vir sobre vós”.
3.2. Esse poder, portanto, não é obtido por dinheiro, nem por tradição, nem poder méritos, nem por esforço, nem por nome de família ou por cargo na igreja ou por qualquer artifício humano.
Uma vez que o ES já veio e já habita em nosso coração, esse poder passa a ser vivenciado em sua vida através de duas atitudes básicas: acredite que o poder está em você e viva deixando esse poder fluir e em nome de Jesus.
Conclusão
Deixe de lado todo e qualquer outro tipo de poder que exista no mundo. Viva apenas pelo poder espiritual que Jesus lhe dá!

terça-feira

ANÁLISE PSICOTEOLÓGICA DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA DE CONVERSÃO CRISTÃ

Edson Raposo Belchior

Por mais que certas pessoas não acreditem, a experiência de conversão religiosa cristã continua ocorrendo de maneira inegável. Artistas, atletas, marginais, intelectuais, cientistas, ateus e pessoas simples continuam se convertendo e dando testemunhos impressionantes a respeito de uma nova experiência com Jesus Cristo.
Como as conversões continuam acontecendo, vários estudiosos do comportamento humanos têm procurado entender exatamente o que seja a experiência religiosa da conversão, inclusive a conversão cristã. Um estudo chamou-a de “despertar religioso” (Clark).
Outro a descreveu como “processo gradual ou repentino pelo qual uma personalidade anteriormente dividida, conscientemente confusa, inferior e infeliz, unifica-se e conscientemente se torna iluminada, superior e feliz” (James).
As conversões da mulher samaritana e Saulo de Tarso, narradas no Novo Testamento, à semelhança de muitas outras foram repentinas. As conversões de Apolo e Timóteo, também descritas no Novo Testamento, foram gradativas e crescentes, como as de outras pessoas em nossos dias. Uma pesquisa feita entre pessoas convertidas constatou que 55% experimentam de repente e, 44% gradativamente (Fermer).

1. Os fatores
Para que as conversões sejam gradativas são necessários alguns fatores:
- influência de pais religiosos
- freqüência de estudos bíblicos
- participação em reuniões religiosas nos lares
- exposição contínua à pregação.
Estando sob os efeitos desses fatores, a conversão vai ocorrendo paulatinamente (Drakefor). A maioria se converte entre 12 e 16 anos de idade, segundo as pesquisas.
No caso das conversões repentinas, uma vez não expostas aos fatores acima, elas ocorrem quando as pessoas passam por crises, fatos dramáticos, acontecimentos drásticos. Nesse momento a pessoa percebe sua fragilidade, reconhece sua dependência e busca ajuda. A pessoa descobre Jesus como seu Salvador. Há uma entrega total (Ferner). Pode ocorrer a qualquer altura da vida: infância, adolescência, juventude, adultez, velhice.

2. As necessidades
Uma vez estando exposta à pregação ou leitura da vida e obra de Jesus, sob os efeitos da atuação do Espírito de Deus, a pessoa passa a crer em Jesus, para Ele dirigindo sua fé e adotando seus ensinos na vida pessoal.
Essa exposição verbal ou escrita à pessoa de Jesus Cristo vai ao encontro de interesses das pessoas, constituindo-se num estímulo que desperta esses interesses.
Os interesses pessoais são resultado dos instintos, isto é, de “forças dinâmicas da natureza humana que objetivam alcançar um alvo” (Antonini).
Mesmo que não admitamos a existência de um instinto religioso que levaria pessoas a Deus, outros instintos acabam determinando a experiência da conversão. Podemos também usar o termo “necessidades” em vez de instintos. As necessidades podem ser:
- orgânicas: fome, sede, respiração, sexo;
- sentimentais: amor, segurança, confiança, coragem, vitória, paz, perdão, proteção;.
- mentais: conhecimento, cultura, raciocínio, etc.
- sociais: fraternidade, prestígio, superioridade, reconhecimento, respeito, etc.
- espirituais: divindade, imortalidade, poder miraculoso, força sobre o mal, etc.

3. Os objetos da fé
Se as pessoas forem expostas a outros objetos para o exercício da fé, além de Jesus ou em Seu lugar, com linguagem e conotação religiosa (espíritos, santos, ídolos, amuletos, relíquias, imagem, etc), principalmente materiais e sensoriais, a experiência de conversão também vai ocorrer, pois os mesmos são estímulos aos interesses das pessoas. A contínua exposição manterá o interesse e a experiência religiosa se renovará.
O problema desse tipo de experiência de conversão está nos seguintes fatos:
- não há fidelidade exclusiva a Jesus Cristo;
- não é decorrente da atuação do Espírito de Deus, mas de outros espíritos;
- implica em manipulação feita por pessoas em torno das necessidades;
- as necessidades de fato não são atendidas, embora as pessoas pensem que estejam sendo, o que ocorre pela hipnose, pela sugestão e pela esperança adiada;
- não existe garantia da salvação eterna, o que, todavia, só descobrirá depois da morte, na eternidade.

4. A inteligência
Inteligentemente as pessoas se convertem a Jesus, quer gradual ou repentina­mente. Inteligentemente, porque isto é o que se tem constatado em estudos de casos. Numa pesquisa foi verificado que pessoas com coeficiente de inteligência superior se convertem mais rapidamente do que outras com coeficiente de inteligência menor. Por outro lado os menos inteligentes experimentam essa conversão com mais emotividade. São conversões mais emocionais. O problema é que a conversão emocional se caracteriza pela instabilidade. Os mais inteligentes mostram mais firmeza, porque inclusive tomam decisões mais racionalmente (Drakford).

5. A dúvida
É urna atitude que se caracteriza por urna “tendência determinada” (Bonner). “E um estado de alerta mental” (Drakford). É um estado da personalidade diante de certas pessoas e certos fatos.
Embora a emotividade esteja presente na dúvida, ela é uma atividade racional. A pessoa questiona a veracidade do está ocorrendo. A aceitação passiva de crenças é uma atitude infantil acompanhada pela emotividade (Drakford).
Considerando que a dúvida religiosa pode resultar na incredulidade, Satanás dela faz uso para que o homem deixe de acreditar em Deus - o seu grande objetivo.
Uma vez ocorrendo e sendo tratada de forma inteligente a dúvida se constitui, por outro lado, numa oportunidade para fortalecimento da fé. As crenças fáceis não estruturam uma personalidade forte e realizadora. Quando as dúvidas surgem, elas podem gerar também convicções firmes e inabaláveis.
Constatamos as seguintes causas que geram dúvidas:
- decepções com expectativas espirituais (fantasias) não cumpridas;
- desejo de diminuição das exigências morais e éticas impostas de modo radical sobre a pessoa;
- reação a sofrimentos não esperados e nem aceitos;
- insegurança em função de fatos da vida, levando a pessoa a duvidar de tudo e todos;
- mera identificação com pessoas de fama e sucesso nos meios científicos, culturais, sociais, financeiros, artísticos, políticos etc.
- meio para manter apego a ideologias, filosofias e religiões com as quais não consegue romper;
- busca simplista e paliativa de respostas e soluções para problemas e dificuldades experimentadas.
Ainda que a dúvida também possa ser uma atitude temporária, como um dilema, ela precisa, todavia, ser resolvida. Uma pessoa não pode saudavelmente viver com dúvidas, sob pena de prejudicar sua existência. Por isso é preciso desafiar a pessoa a crer.

Conclusão

A expectativa de que o desenvolvimento científico viesse a substituir a religiosidade não ocorreu. Hoje, por mais cientifico que o mundo seja, a busca de Deus continua existindo e tem sido experimentada através de Jesus Cristo. É como afirmou o físico Antônio Carlos Alves de Aro, doutor em Medicina Nuclear: “Os cientistas estão hoje muito mais voltados para o campo espiritual, já que a ciência não consegue responder a questões cruciais da humanidade” (In Jornal Batista, 13/10/96, pg 16).


Bibliografia
AMATUZZI, Mauro Martins. A Experiência Religiosa. In Estudos de Psicologia. Revista Quadrimestral do Instituto de Psicologia, PUCCAMP, vol. 13 n.0 3, 1996, pg 63 a 70.
ARO, Carlos Alves de. Ciência e Religião. In Jornal Batista, RJ, Juerp, 12.10.96, pg 16.
ANTONINI, Faus e PANCERA, Maria Tereza. Psicologia. São Paulo: Edições Vertice, 1987.
DRAKEFORD, John W. Psicologia Y Religion. El Paso: Casa Bautista Publicaciones, 1980.
JONHSON, Paul E. Psicologia da Religião. São Paulo: Aste, 1959.
MARTINS, Jose Carlos. Psicologia e Religião na Perspectiva da Religião. In. Religião e Psicologia. Revista Instituto Metodista de Ensino Superior, ano I, nº 1, 1985, pg 11 a 21.

sexta-feira


NÃO EXISTE SUCESSO SEM MOTIVOS
Pr. Edson Raposo Belchior
Num. 32.12; Deut. 1.36; Josué 14.8.9; 14.14;

Introdução
Vez por outra a mídia divulga nomes de pessoas que tem alcançado sucesso nas mais diferentes atividades. Essas pessoas passam a ser admiradas e quando entrevistadas sempre os repórteres perguntam os motivos.
Se em diferentes atividades existem diversos motivos, na vida espiritual do crente o sucesso só chega quando ele faz o que a Bíblia diz que Calebe fazia. Eu lhes pergunto: O que Calebe fazia para ter sucesso? Qual foi o motivo do sucesso daquele crente que se tornou famoso nas páginas da Bíblia? Várias vezes é afirmado que ele perseverava em seguir ao Senhor!

Desenvolvimento
Quero mostrar o primeiro motivo salientando o verbo seguir e seu significado.
1.1. Este foi exatamente um dos verbos que estudei com o grupo que está aprendendo sobre discipulado. Encontra-se 70 vezes nos evangelhos. Os discípulos de Jesus experimentaram poder e autoridade, sabedoria e fé, ousadia e graça, vitória e influência, porque decidiram sempre estarem seguindo a Jesus, principalmente para aprenderem com Jesus como deviam agir nas mais diferentes situações da vida.
1.2. Se naquela época o ato de seguir a Jesus era visivelmente geográfico, hoje esse ato de seguir é basicamente espiritual, como nos dias de Josué. Josué “seguia ao Senhor” lendo as leis de Deus e com Deus tendo comunhão através da oração.Hoje nós seguimos ao Senhor Jesus quando procuramos cada vez mais ler seus ensinos e cada vez mais estar com ele falando, através da oração.
1.3. Constate você também o motivo pelo qual os apóstolos experimentaram sucesso e que ninguém pode negar: estiveram com Jesus (Atos 4.13). Seu sucesso na vida espiritual e em qualquer outra atividade que você venha a exercer vai depender dessa comunhão com Jesus.

2. Quero agora salientar o segundo motivo destacando a expressão “perseverar”.
2.1. Esta é uma das mais importantes doutrinas bíblicas e que não recebido a devida atenção. Tanto é verdade que esta é uma das razões por que às vezes uma pessoa vem para a igreja e meses depois ela não está mais na igreja. Tanto por causa do caráter quanto por causa da falta de pregação sobre esse ensino bíblico.
2.2. Para que vocês hoje possam perceber a importância dessa doutrina, quero que vocês leiam sobre ela em alguns textos, a saber: Mat. 10.22; 24.13; Marcos 13.13; Lucas 8.15; Romanos 2.7; Efésios 6.18.
2.3. Agora, vejam o que foi “perseverança” na vida de Calebe e que Jesus quer que seja em sua vida: Josué 14.7 – 11 . Quarenta e cinco anos haviam se passado, mas ele permaneceu crente, corajoso e obediente. Em linguagem simples, perseverança significa exatamente essa capacidade de continuar crente, continuar fiel, continuar corajoso, continuar disposto a fazer a vontade de Deus.
Conclusão
1. Se você também agir à semelhança de Calebe, certamente o sucesso também vai acontecer em sua vida.Em nossa linguagem de crente: você será um “abençoado”. Você quer ?
2. É verdade que outras pessoas também experimentam sucesso sem Jesus, mas o detalhe é que o sucesso deles é temporário, efêmero, passageiro. Não conseguem “tirar força da fraqueza, vitória do fracasso, alegria da tristeza...”
3. Aconteça o que acontecer em sua vida, o que Jesus espera de você é exatamente essa atitude de Calebe. Ano após ano, permaneça com Jesus.
Oração:
“Jesus Cristo, Filho de Deus, eu quero permanecer contigo durante toda a minha vida. Ó Senhor, dá-me essa capacidade de perseverar até o fim. Eu também quero ser um abençoado!”