Deuteronômio 1.13-18 / Atos 13.2
A
IMPORTÂNCIA DE UMA LIDERANÇA EFICAZ
Introdução
1. Neste mês de novembro, quando há uma ênfase
sobre a Educação Teológica responsável pela formação de líderes eficientes,
alguns preletores costumam lançar mão dos modelos de Neemias e Esdras,
personagens famosos na história do povo de Deus, principalmente num momento de
recomeço. Ao analisarem as as ações de Neemias e Esdras, uma expectativa é que entre outros objetivos percebamos a importância de uma liderança
eficaz, significando alcançar o melhor resultado com menor
dispêndio de energia e tempo, mantendo a melhor qualidade possível do
planejamento e das ações.
2. Antes de Neemias, Moisés já havia percebido essa
importância e se esforçou para que sua liderança fosse inegavelmente eficaz,
mesmo que ao final de sua história ele mesmo não tenha participado do resultado
que pretendia. Depois de Neemias, na Igreja de Jesus que começou a se reunir em
Antioquia, o Espírito Santo separou líderes para tarefas que lhes foram
designadas e certamente essa seleção pretendia que houvesse eficácia por parte
deles, pois o resultado imediato era a divulgação do evangelho em todo o mundo,
a partir de Jerusalém e Samaria, gerando multidões de pessoas salvas através da
fé em Jesus Cristo, mediante o arrependimento de pecados.
Desenvolvimento
1. Pensando neste tema, li há algum tempo um artigo numa revista empresarial em que
o autor mostrava como a liderança poderia se tornar eficaz através dos
conteúdos de alguns filmes. A chamada do artigo dizia: “Quer inspirar sua
organização? Conquistar a lealdade eterna de seus funcionários? Transformar
crises em vitórias? Veja alguns filmes. Cita vários exemplos e vou destacar
dois:
2.1. No filme
Apolo 13, eles são “confrontados com um problema urgente que só pode ser
resolvido com trabalho em equipe, criatividade e direção sensata”, pois para
eles “o fracasso não é uma opção”. Eles não poderiam fracassar.
2.2. No filme Um
estranho no Ninho a personagem principal “comete o mesmo erro de líderes
novatos: promover mudanças sem compreender por que as coisas estão como estão.”
(Revista Você S/A, junho/2000, pág. 80 a 84).
4. Também li
um artigo de uma outra revista que
apresentava a eficácia de um presidente dos Estados Unidos e destacava as
virtudes que um líder deve ter. Entre elas destacou duas: “Ver além do
presente” (enxergar as necessidades do amanhã que virá) e “Otimismo”
(transmitir confiança ao povo).
5. Se
qualquer um pudesse ser líder, Moisés não teria mencionado as virtudes que
foram registradas no texto de Deuteronômio 1.13-8 quanto à escolha daqueles que
estariam à frente do povo em vários tipos de situações. Se liderança não deve
ser eficaz, o Espírito Santo não teria separado pessoas com inegáveis atitudes
que expressam busca pela espiritualidade, pois a obra na igreja cristã e obra
do Senhor, conforme Atos 13.2.
6. Nesse sentido, se os líderes de empresas, organizações e instituições entendem que
precisam aprender e a precisam aperfeiçoar, muito mais os líderes das igrejas
cristas. Todos os que são convidados a serem líderes precisam aprender:
» A Necessidade do Planejamento das Deliberações e
das
Ações.
» A Relação Entre Sucesso e Espiritualidade.
» O Valor de Olhar o Futuro ao se Trabalhar no
Presente
» A Atitude de sempre Buscar a Sabedoria de Deus.
Conclusão
Finalmente, eu acredito que todo líder, além
de olhar para Moisés, Josué, Esdras, Neemias, Pedro e Paulo, deva olhar
principalmente para Jesus Cristo como líder. Ao observar e seguir as atitudes e
ações de Jesus Cristo, aprenderá com Ele a não negligenciar a importância do
planejamento financeiro (Lucas 14.28-31), aprenderá a estratégia de formar
grupos para que o trabalho possa ser feito (Lucas 9.14), aprenderá a escolher
pessoas que estejam junto com Ele na direção (Lucas 6.13) e aprenderá a sempre
agir para a glória de Deus (Lucas 17.18).
É
principalmente com Jesus que aprenderemos a exercer uma liderança eficaz.
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UM BREVE ALERTA SOBRE OS POBRES
E AS CONVULSÕES SOCIAIS
Uma das afirmativas sociais feitas por Jesus Cristo foi a de que "sempre existiriam os pobres", principalmente se desejamos que sejam atendidos em suas necessidades através de benefícios financeiros.
Observando situações ocorridas atualmente na América Latina, além de tantas outras ocorridas em vários lugares ao longo da história, mais uma vez confirmamos que essa atitude de ignorar a importância de fazer ações sociais em favor dos pobres acaba produzindo o caos social.
Se alguém argumentar que em países comunistas os pobres são desprezados, recebem baixos salários e até vivem ocultamente na miséria sem que haja convulsões sociais, lembramos que nesses países não existe democracia que possibilite essa reação. O poder do regime totalitarista sufoca imediatamente qualquer tentativa, seja através da legislação, seja através da ação policial.
Em países democráticos, exatamente por causas dos direitos humanos e da oposição a qualquer repressão desses direitos, as pessoas tem liberdade de reivindicar, protestar, fazer greve. Quando chegam a ponto de perder direitos e garantias culminam em até recorrer à violência, produzindo caos social.
Por isso, à luz da história, se estamos num regime democrático, os lideres políticos, econômicos, militares e judiciais precisam estar atentos aos pobres e miseráveis, procurando atender suas necessidades através de ações sócio-financeiras.
Na democracia, se os líderes não concederem benefícios sociais aos pobres e miseráveis, iremos amargar as consequências geradas inclusive por militância comunista que se aproveita da democracias para incitar levantes em nome dos direitos humanos que eles mesmos não concedem em seus países de regime totalitarista.
É uma questão de solidariedade aos necessitados numa visão cristã e uma estratégia inteligente na democracia.
