BOAS NOTÍCIAS
Introdução
1. Inegavelmente o povo brasileiro está muito
bem servido quanto aos meios de comunicação em massa. Em nossos dias, além dos
meios tradicionais existentes (rádio, jornal, revistas, televisão), também
surgiram as mídias sociais, veiculando todos os tipos de informações,
acontecimentos, posicionamentos e até as famosas “Fake News”.
2. Repórteres, apresentadores, comentaristas,
influenciadores, blogueiros estão ocupando cada vez mais a atenção das pessoas
ávidas por saberem o que está ocorrendo em todos os segmentos da sociedade.
3. O que se percebe, todavia, ao mesmo tempo,
é que infelizmente o destaque das más notícias, das ocorrências dramáticas, dos
acontecimentos trágicos, das ações violentas é que atraem mais interesse das
pessoas, considerando principalmente que são elas que dão ibope, atraem
patrocinadores e mantém cativa a audiência. Considerando a enxurrada de
informações disponíveis a serem divulgadas, os profissionais dos meios de
comunicação são obrigados a selecionar aquelas que tem como características a
proximidade, a atualidade, as personalidades envolvidas, os fatos inusitados e
principalmente as más notícias.
Desenvolvimento
1. Quando os anjos foram comunicar a notícia
do nascimento de Jesus Cristo, começaram dizendo: “Não tenham medo...”.
Em outras palavras, queriam evitar que o fato sobrenatural da aparição deles
pudesse causar susto e queriam antecipar que a notícia a ser dada não
provocasse pavor.
1.1. Um rápido levantamento sobre os
acontecimentos naqueles dias vai mostrar que as pessoas viviam cercadas de más
notícias. Tanto a situação política e econômica imposta pelo império romano,
quanto os constantes levantes reacionários causavam instabilidade emocional na
população.
1.2. Basta também lembrar que aqueles eram
dias de escravidão no trabalho, perseguições religiosas, limitações da
medicina, miséria financeira, insegurança familiar, enfim, fatos que deixavam
as pessoas ansiosas, intranquilas, desconfiadas, desesperadas quanto ao que
iria acontecer em cada dia e no futuro deles.
2. Considerando toda essa realidade, os anjos
então enfatizaram que eram portadores de “boas notícias”. Esse era o
significado da palavra original evangelho “euangelízō”, que assim
foi transliterada para a língua portuguesa.
2.1. Mais ainda: não eram boas novas apenas
para um grupo específico, porém notícias agradáveis, positivas, venturosas para
todas as pessoas, em todos os segmentos sociais. Aliás, esse é um aspecto do
evangelho destacado pelo apóstolo João: “Deus amou o mundo ao enviar Jesus
Cristo”. Todas as pessoas, sem nenhuma discriminação, foram objeto do amor
de Deus.
2.2. Esta peculiaridade do anuncio dos anjos
me faz lembrar uma expressão encontrada no livro de Provérbios: “A
preocupação do homem o abate, mas a boa palavra o alegra” (Provérbios
12.25). Por mais que as más notícias causem atração à maioria das pessoas,
somente as boas notícias é que lhe fazem bem em todos os sentidos.
3. A boa notícia, a notícia alegre, a
positiva notícia, a notícia otimista dada pelos anjos foi: “Hoje, na cidade
de Davi, vos nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor”. O conteúdo da notícia
não tratava de uma nova doutrina, uma nova religião, uma nova igreja, uma nova
filosofia, uma nova ideia. A boa notícia, portanto, era uma pessoa.
3.1. A boa notícia era uma pessoa em quem foram
cumpridas promessas divinas a respeito da vinda de um Salvador, o Messias. Os
estudiosos já concluíram que Jesus cumpriu mais de 300 profecias que foram
feitas no Velho Testamento. Pensando especificamente no seu nascimento,
destacamos as seguintes promessas: “Por isso, o Senhor mesmo lhes dará um
sinal. Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho e o chamará de
Emanuel” (Isaías 7.14); “Mas você, ó Belém Efrata, é apenas uma pequena vila entre
todo o povo de Judá. E, no entanto, um governante de Israel, cujas origens são
do passado distante, sairá de você em meu favor” (Miqueias 5.2); “Pois
está chegando o dia”, diz o Senhor, “em que levantarei um Renovo, um
descendente justo, da linhagem do rei Davi. Ele reinará com sabedoria e fará o
que é justo e certo em toda a terra. E este será seu nome: ‘O Senhor é nossa
justiça’. Nesse dia, Judá será salvo, e Israel viverá em segurança”
(Jeremias 23.5,6).
3.2. A boa notícia era uma pessoa que viria
trazer salvação eterna para a humanidade pecadora. Desde os dias do Jardim do Éden, os seres humanos se tornaram pecadores, escolhendo fazer a vontade do
Diabo em vez de fazer a vontade de Deus. Em consequência, vieram o Juízo e a
Condenação Eterna. Não podendo mais se libertar do pecado, do juízo e da
condenação, o mundo passou a esperar a vinda do Messias, isto é, do Salvador.
Sobre essa salvação eterna que Jesus Cristo nos proporciona, a Bíblia tem o
registro dos seguintes textos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.16,17); “Esta é uma
palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia,
para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua
longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna”
(I Timóteo 1.15,16).
Conclusão
Já existem notícias ruins suficientes para
deixar as pessoas abaladas, transtornadas, assustadas, perturbadas, infelizes,
deprimidas, desesperadas, ansiosas. Por isso precisamos cada vez mais falar
sobre o Natal, para que as pessoas ouçam a boa notícia do nascimento de Jesus
Cristo que veio ao mundo e possam nele crer.
Já existem pessoas suficientes para divulgar notícias negativas, pessimistas, trágicas, dramáticas, terríveis, maléficas, trágicas, desagradáveis, fatídicas através dos veículos tradicionais e das atuais mídias sociais. Por isso continua nas mãos dos crentes e das igrejas a missão de proclamar o Natal, para que as pessoas possam ter o perdão de seus pecados, a transformação de suas vidas, a libertação dos espíritos malignos, a paz no coração e na alma, o alivio e o descanso necessários à mente, a possibilidade de prosperidade em todas as áreas e principalmente a vida eterna. Vamos, pois, proclamar e celebrar alegremente o Natal.
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