“DEUS AMA O PECADOR,
PORÉM ODEIA O PECADO”.
Esta é uma
declaração feita por pessoas legalistas para justificar atitude impiedosa de rejeitar outras pessoas achadas em
faltas, erros e pecados. Em nome de uma interpretação bíblica incompleta são
capazes de julgar, condenar e punir pessoas que erraram, falharam, pecaram.
Bastaria lembrar o
ensino bíblico de Paulo apóstolo, quando tratou deste mesmo tema de outra
maneira. Ele recomendou diferentemente: “Se algum homem chegar a ser surpreendido
nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de
mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado”
(Gálatas 6.1). O pecador, em virtude do
pecado cometido, deve ser tratado com mansidão, que significa brandura com
objetivo de restaurar, recuperar.
Esta recomendação
segue a mesma diretriz dada por Jesus Cristo, quando também tratou deste
assunto. Jesus disse: “Se teu irmão pecar contra ti, vai e
repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão”
(Mateus 18.15). Claramente Jesus mostra o objetivo de ganhar o pecador em razão do pecado cometido.
Além de proceder
desta maneira, a recomendação bíblica que se repete de modo enfático é a
concessão do perdão. Perdão contínuo e restaurador (Lucas 17.3,4).
Agir de outra forma,
inclusive usando a justificativa da
pessoa ter errado, revela um espírito vingativo cujo objetivo seria punir
impiedosamente a pessoa. Pior ainda, é construir uma declaração teológica
usando o caráter de Deus, como se Deus não estivesse agindo com base em sua
graça, tendo como fundamento a crucificação de Jesus Cristo com seu sacrifício
expiatório. Mesmo que Deus aja punitivamente para com pecadores, esta é uma
ação que pertence exclusivamente a Deus, que em virtude de sua onisciência tem
condições de julgar e condenar. Aos seres humanos, em nossa era, principalmente
aos cristãos, é determinado que não julguem, não condenem, porém perdoem uns
aos outros. Rejeição é permitida à pessoa que for comprovadamente iníqua, sem
nenhum tipo de compromisso com Jesus Cristo (I Coríntios 5.9-13). Mesmo assim,
ainda existe a recomendação de amar ao inimigo como evidência da verdadeira experiência com Jesus Cristo (Mateus 5.44; Romanos 12.20).Se alguém opta por julgar e condenar está se colocando no lugar de Deus!
É lamentável ainda
mais quando a pessoa que julga, condena e pune os outros busca para si mesmo perdão
de outrem. Faz lembrar aquela história de Jesus, quando ele falou de uma pessoa
que devendo “dez mil talentos” (milhões em moedas de prata) pediu que fosse
perdoado e recebeu a benção. Outra pessoa que lhe devia “cem dinheiros” (cem
moedas de prata) em vez de receber igual perdão, foi tratada com ira,
condenação e punição (Mateus 18.23-35). Infelizmente é assim que tem
acontecido, inclusive na igreja, entre irmãos em Cristo Jesus. Pessoas que
pregam o perdão, ensinam o perdão e escrevem sobre o perdão. Parece que perdão
é apenas um tema para ser objeto de fala e escrita e não de prática.
O que fazer? Pedir perdão a Deus e pedir
perdão a pessoas a quem não perdoou. Enquanto há tempo para isto!
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