A
ATITUDE DE VOTAR
Introdução
1. A
legislação brasileira estabelece a obrigatoriedade de as pessoas votarem se
estiverem entre 18 e 70 anos de idade. Os que tem 16 e 17 anos ou quem tem mais
de 70 anos e os analfabetos estão na categoria de facultativos. Para os que não
cumprem essa legislação existem as respectivas penalidades estabelecidas.
2. É
uma situação diferente de outros países, onde o voto para todos os cidadãos é
facultativo. Neste caso estão 194 países, isto é, 88% das nações do mundo onde
o voto não é obrigatório.
Desenvolvimento
1. Independentemente
de discutir as razões que sejam favoráveis ou contrárias à obrigatoriedade do voto,
o que se observou nas últimas eleições em vários países foi a atitude de deixar
o voto em branco ou anular o voto. Nesta última eleição no Brasil, no 1º turno, o mesmo fenômeno ocorreu: cerca de 5,4 milhões de pessoas deixaram de votar, correspondendo a 4,41% dos eleitores. Essas
atitudes e mais a abstenção, isto é, a atitude de não comparecer às urnas acabaram somando um percentual elevado. Na situação do Brasil, neste 1º turno, 32 milhões não compareceram, equivalente a 21%. Portanto, o total de brancos, nulos e abstenção chegou a 37,4 milhões de pessoas, isto é, 25% dos eleitores.
2.
Em outras palavras, observa-se que às vezes a eleição de um candidato não é
apenas consequência de votar, mas também de não votar. É o caso que foi
verificado em alguns países da América Latina.
2.1.
Na Nicarágua de Ortega, em novembro de 202l, de acordo com o Observatório
Urnas Abertas, quando Ortega foi eleito, houve 81,5% de abstenção.
2.2.
Na Venezuela de Maduro, em novembro de 2021, de acordo com a CNN, nas
eleições municipais e regionais, a abstenção foi de 60%.
2.3.
No Peru de Castilho, em abril de 2021, de acordo com a Crítica Nacional,
houve 28% de abstenção e 17% de brancos e nulos, somando 45%.
2.4.
Na Argentina de Fernandes, em outubro de 2021, de acordo com o Portal
Brasil de Fato, nas eleições do legislativo, houve quase 30% de abstenção.
2.5.
Na Colômbia de Petro, em junho de 2022, de acordo com o Poder 360, na
eleição presidencial houve quase 42% de abstenção.
3.
Em outras palavras, esses resultados mostram inequivocamente que não votar,
votar em branco ou anular o voto também influencia no resultado das eleições em
qualquer país. Se fazemos essa opção, pelos motivos que quisermos apresentar, tornamo-nos
também responsáveis pelos destinos políticos e ideológicos que nosso país venha
a ter.
4. A
inclinação para o socialismo com suas propostas liberais, progressistas e até
repressoras ou a inclinação para o conservadorismo, com suas propostas de
preservação dos valores tradicionais, da liberdade em todos os aspectos e até do
direito à diversidade estão claramente expressas nas figuras dos candidatos à presidência no próximo 2º turno da eleição. Inegavelmente o resultado da eleição
estará direcionando o país para o socialismo ou para o conservadorismo.
Conclusão
Neste
caso, à luz do que ocorreu em outros países vizinhos nossos, não podemos e nem
devemos nos omitir no 2º turno. Mesmo que não sejamos vinculados a
partidos políticos, como cidadãos políticos também seremos responsáveis pelo
que irá ocorrer se votarmos erradamente ou se não votarmos ou se deixarmos o
voto em branco ou anular o voto. Depois do leite derramado não vai mais adiantar reclamações quanto ao que viermos a experimentar!
PS: Na eleição do dia 02/11/22 a diferença entre os dois candidatos somou 2 milhões de votos. O número de abstenções foi em torno de 20%, isto é, mais de 32 milhões de eleitores não votaram. Lamentável.
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