Atos
11.26
HISTÓRIA
DOS CRISTÃOS
Introdução
1.
No período do primeiro século, os discípulos de Jesus Cristos foram chamados de
“cristãos”, mas ao longo dos tempos esse nome se diversificou, surgindo
os “cristãos católicos”, depois os “cristãos ortodoxos”, em
seguida os “cristãos protestantes” e finalmente, nos últimos tempos, os
“cristãos evangélicos”.
2.
Paralelamente a esses grupos diversificados de cristãos também existiram, em
vários lugares, outros grupos que não forem reconhecidos oficialmente e que
viviam na obscuridade, entre os quais os “montanistas”, “marcionitas”,
“novacianos”, “valdenses”, “menonitas”, “anabatistas”. Os “batistas”
foram herdeiros desses grupos que viviam à margem das igrejas institucionais.
Desenvolvimento
1. No
final do primeiro século, como resultado da obra missionária dos apóstolos,
havia cristãos na Ásia, na África e na Europa.
1.1.
Com a morte dos apóstolos e de acordo com as demandas de liderança, surgiram os
presbíteros e pastores, que eram também chamados de bispos. Por motivo das
distâncias geográficas, cada igreja teve seu líder religioso com a tarefa de
ensinar as doutrinas da fé cristã.
1.2.
Com o passar do tempo surgiram as diferenças na maneira de crer e praticar os
ensinamentos de Jesus Cristo, dando lugar a divergências e divisões. No século
IV, já sob a influência do imperador romano, a igreja que estava na cidade de
Roma recebeu do Imperador Teodósio o termo “cristão católico”. As demais
igrejas que fossem fiéis à Roma também passaram a ser assim chamados.
1.3.
Consequentemente, as igrejas cristãs foram se aglutinando em torno de centros
de liderança, que davam as diretrizes doutrinárias: Jerusalém, em Israel; Antioquia,
na Síria; Alexandria, no Egito; Constantinopla, na Turquia; e Roma, na Itália.
Nessa ocasião, os líderes dessas igrejas, que se chamavam bispos, passaram a
ser chamados de Patriarcas e se consideravam iguais em importância e
autoridade.
1.4.
Para dirimir as controvérsias doutrinárias, os Bispos e seus Patriarcas se
reuniam em Concílios. Desses encontros saiam documentos que davam orientações
às igrejas e a seus demais líderes.
2. Á
certa altura da história, o Bispo ou Patriarca de Roma quis se tornar Papa, isto
é, superior aos demais bispos e concílios. Por isso, no século XI, o Bispo de
Constantinopla rompeu com essa proposta e assim deu origem à “Igreja Cristã
Ortodoxa”, hoje presente em vários países orientais.
3.
Em 31 de outubro de 1517, o padre Martinho Lutero iniciou nova divisão na
Igreja Católica Romana, dando origem à Igreja Protestante. Na Alemanha,
foi chamada de Igreja Luterana. A Igreja Anglicana surgiu na Inglaterra.
A Igreja Presbiteriana, na Suíça e França.
4.
Os batistas, herdeiros de grupos que viviam à margem dessas igrejas oficiais, inclusive
herdeiros dos anabatistas, tem seu primeiro registro histórico em Amsterdam, na
Holanda, em 1609, com John Smith. Depois aparecem na Inglaterra, em 1612, com
Thomaz Helwys. Em 1639 surgem em Providence, nos Estados Unidos, com Roger
William. Chegaram ao Brasil em 1882, com William Buck Bagby.
5.
Os evangélicos tradicionais ou pentecostais têm suas origens tanto em igrejas
protestantes, resultado de novas divisões, como também de iniciativa de líderes
com novas doutrinas e práticas, gerando igrejas mais recentes como Assembleia
de Deus, Maranata, Deus e Amor, Renascer, Universal do Reino, Internacional da
Graça e muitas outras com os mais diferentes nomes.
Conclusão
De
um grupo que no princípio era chamado de “cristãos”, na medida em que o tempo
foi passando e novas interpretações doutrinárias foram surgindo, surgiu uma Igreja
dividida em quatro ramos principais: católicos, ortodoxos, protestantes e
evangélicos. Estão presentes em quase todos os países do mundo, com mais de 2
bilhões de seguidores, representando cerca de 33% da população.
A
nós, os cristãos batistas, cabe a responsabilidade de ser fiel ao nome de Jesus
Cristo e de guardar seus ensinos, deixando por conta dele o julgamento de cada
uma das igrejas no dia do Juízo Final.
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