"PARA QUE VEJAM AS VOSSAS BOAS OBRAS E GLORIFIQUEM A VOSSO PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS"
(Mateus 5.16)

segunda-feira


“DEUS AMA O PECADOR,
 PORÉM ODEIA O PECADO”.

     Esta é uma declaração feita por pessoas legalistas para justificar atitude impiedosa de rejeitar outras pessoas achadas em faltas, erros e pecados. Em nome de uma interpretação bíblica incompleta são capazes de julgar, condenar e punir pessoas que erraram, falharam, pecaram.
     Bastaria lembrar o ensino bíblico de Paulo apóstolo, quando tratou deste mesmo tema de outra maneira. Ele recomendou diferentemente: “Se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado” (Gálatas 6.1). O pecador, em virtude do pecado cometido, deve ser tratado com mansidão, que significa brandura com objetivo de restaurar, recuperar.
     Esta recomendação segue a mesma diretriz dada por Jesus Cristo, quando também tratou deste assunto. Jesus disse: “Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão” (Mateus 18.15). Claramente Jesus mostra o objetivo de ganhar o pecador em razão do pecado cometido.
     Além de proceder desta maneira, a recomendação bíblica que se repete de modo enfático é a concessão do perdão. Perdão contínuo e restaurador (Lucas 17.3,4).
     Agir de outra forma, inclusive usando a justificativa da pessoa ter errado, revela um espírito vingativo cujo objetivo seria punir impiedosamente a pessoa. Pior ainda, é construir uma declaração teológica usando o caráter de Deus, como se Deus não estivesse agindo com base em sua graça, tendo como fundamento a crucificação de Jesus Cristo com seu sacrifício expiatório. Mesmo que Deus aja punitivamente para com pecadores, esta é uma ação que pertence exclusivamente a Deus, que em virtude de sua onisciência tem condições de julgar e condenar. Aos seres humanos, em nossa era, principalmente aos cristãos, é determinado que não julguem, não condenem, porém perdoem uns aos outros. Rejeição é permitida à pessoa que for comprovadamente iníqua, sem nenhum tipo de compromisso com Jesus Cristo (I Coríntios 5.9-13). Mesmo assim, ainda existe a recomendação de amar ao inimigo como evidência da verdadeira experiência com Jesus Cristo (Mateus 5.44; Romanos 12.20).Se alguém opta por julgar e condenar está se colocando no lugar de Deus!
     É lamentável ainda mais quando a pessoa que julga, condena e pune os outros busca para si mesmo perdão de outrem. Faz lembrar aquela história de Jesus, quando ele falou de uma pessoa que devendo “dez mil talentos” (milhões em moedas de prata) pediu que fosse perdoado e recebeu a benção. Outra pessoa que lhe devia “cem dinheiros” (cem moedas de prata) em vez de receber igual perdão, foi tratada com ira, condenação e punição (Mateus 18.23-35). Infelizmente é assim que tem acontecido, inclusive na igreja, entre irmãos em Cristo Jesus. Pessoas que pregam o perdão, ensinam o perdão e escrevem sobre o perdão. Parece que perdão é apenas um tema para ser objeto de fala e escrita e não de prática.

     O que fazer? Pedir perdão a Deus e pedir perdão a pessoas a quem não perdoou. Enquanto há tempo para isto!    
     


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