"PARA QUE VEJAM AS VOSSAS BOAS OBRAS E GLORIFIQUEM A VOSSO PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS"
(Mateus 5.16)

quinta-feira


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Atos 23.11
É PRECISO PROSSEGUIR


Introdução
1. A celebração de um jubileu, quando um pastor  conta 10 ou 20 ou 30 ou 40 ou 50 anos de ministério pastoral, certamente reflete sentimentos de gratidão, louvor e dever cumprido. Aliás, é exatamente por reconhecermos esses sentimentos como legítimos que, na ocasião dos cultos de ações de graças, pessoas se reúnem para celebrar com ele. Está certo olhar para trás e sentir vontade de agradecer, desejo de cantar, assim como sentir que está fazendo ou  fez o dever de casa.
2. Nesse sentido, consequentemente, seria oportuno olhar para o passado e considerar o número de conversões resultantes de suas pregações, os batismos realizados, as horas de aconselhamento junto a pessoas, as visitas feitas aos lares, os cultos realizados nas casas, os quilômetros rodados em atividades, as gestões administrativas. Consequentemente, também repetir, com Samuel, a afirmação: “Até aqui o Senhor nos ajudou o Senhor”.


Desenvolvimento
1. Todavia, penso que não é adequado e nem pertinente nessas ocasiões repetir as palavras de Paulo apóstolo: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” (II Timóteo 4.7). O motivo é muito simples: pode ser preciso prosseguir porque a carreira ainda não teria terminado.
1.1. Ainda que aos levitas fosse determinado que servissem apenas até os 50 anos de idade, quando teriam que deixar o sacerdócio (Números 8.24,25), quanto ao ministério pastoral é o Espírito Santo quem diz a cada um a hora de parar (Atos 20.22-24). Em maior ou menor intensidade, com maior ou menor dedicação, com faces variadas, é a pessoa que ouve o Espírito dizendo: você precisa prosseguir.
1.2. A esta altura, naturalmente alguém perguntaria: “Prosseguir até a morte, como aconteceu com Paulo?”. Penso que não, porque foi bem antes de morrer que Paulo disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé. Parece-me que é prosseguir até a hora que Deus estabelecer no coração do pastor que realmente é hora de parar.
2. Por isso, penso que é relevante meditar sobre o momento quando Jesus Cristo apareceu a Paulo e disse-lhe o que está registrado em Atos 23.11: “Na noite seguinte, o Senhor ponde-se ao lado dele, disse: Coragem! Assim como você testemunhou a meu respeito em Jerusalém, deverá testemunhar também em Roma”.
2.1. Nas muitas experiências vividas pelas pessoas em diferentes atividades profissionais existem momentos difíceis, horas adversas, períodos  amargos. Nessas ocasiões, o coração humano é tomado pelo desânimo, quando as pessoas pensam em desistir. Não é diferente na atividade pastoral.
2.2. No caso do apóstolo Paulo, a perseguição contra ele se tornou ainda mais forte. Ao ser lançado no cárcere, parecia que era o fim. Depois de enfrentar o Sinédrio, já sabia qual seria sua sentença. Estava sozinho numa cela fria e escura.
2.3. Jesus Cristo, Ele mesmo, se fez presente ao seu lado e falou ao seu coração. A cela fria se aqueceu. A escuridão foi substituída pela luz. O silencio foi interrompido e a voz de Jesus foi por ele ouvida.


Conclusão

   A minha expectativa é que nos dias de hoje também será Jesus Cristo quem há de dizer a cada pastor que celebra um jubileu sobre a tarefa que deva continuar  ou a nova tarefa que deva assumir ou ainda se realmente chegou a hora de “descansar” das muitas tarefas até então experimentadas. 
  Ele mesmo se fará presente. Ele mesmo falará ao coração. Ele mesmo dirá: “Coragem”. Ele mesmo revelará que ainda há muito que fazer ou que o tempo é de parar, quando for o caso, inclusive por razões pessoais as mais diferentes.

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     Orador: Pr. Diego Bravim

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